RONCO E APNEIA DO SONO

“Eu não ronco mas minha companheira diz que eu ronco” é uma queixa comum no consultório. Roncar é o som gerado pela vibração dos tecidos durante a passagem do ar, e costuma ser o primeiro sinal de que o ar está passando com dificuldade pela garganta devido ao estreitamento das vias aéreas. À medida que a quadro vai se acentuando, a garganta fica cada vez mais estreita podendo fechar completamente. Esse quadro de fechamento da garganta e bloqueio da passagem do ar é conhecido como Apneia Obstrutiva do Sono.

No organismo, durante esses episódios de apneias, ocorre queda da oxigenação do sangue e, para retornar o padrão respiratório, ocorrem despertares curtos e frequentes durante o sono. Devido aos diversos despertares, que por serem breves não são conscientes, ou seja, o indivíduo não lembra que despertou várias vezes na noite, o sono fica fragmentado e com baixa qualidade. Com isso, mesmo que se durma por bastante tempo, a fragmentação do sono resultará na sensação de que o sono foi insuficiente e na sonolência excessiva no dia seguinte.

Outras consequências são: falta de atenção e memória; alterações de humor como queixas de depressão, ansiedade e irritabilidade; maior risco para acidentes devido à sonolência e cansaço; risco para doenças cardiometabólicas, como hipertensão arterial, diabete mellitus e obesidade; podendo levar a uma maior mortalidade.

Devido às consequências da Apneia do Sono para a saúde e qualidade de vida do indivíduo, é importante estar atento aos sinais e sintomas da doença, procurar auxílio e confirmar o diagnóstico. Afinal, dormir com qualidade pode modificar sua a vida!