De acordo com estudo da Universidade de Sydney, publicado no Internal Medicine Journal, doenças como pneumonia, gripe ou bronquite podem desencadear infarto do miocárdio.
Os dados mostram que o aumento do risco de ataque cardíaco é mais provável nos primeiros sete dias de sintomas e vai reduzindo gradualmente. No entanto, a chance ainda é alta por pelo menos um mês.
Também foi analisado a chance de ataque cardíaco em pacientes que manifestaram sintomas restritos às vias aéreas superiores, como resfriado comum, rinite, sinusite e faringite. Nesses casos, o risco foi 13 vezes maior.
Os pesquisadores reuniram 578 pacientes que tiveram ataque cardíaco por obstrução da artéria coronária. Eles foram questionados se apresentaram dor de garganta, tosse, febre, dor no tórax, sintomas de gripe, pneumonia ou bronquite nos dias que antecederam o problema no coração. Entre os pacientes analisados, 17% relataram sintomas de infecção sete dias antes do ataque cardíaco, e 31% em até 31 dias.
Segundo os especialistas, a pesquisa ajuda a explicar os picos de ataques cardíacos durante o inverno, quando essas infecções são mais comuns.
“Entre as possíveis razões pelas quais uma infecção respiratória pode desencadear um ataque cardíaco está a tendência crescente de coagulação do sangue, inflamação e toxinas prejudiciais aos vasos sanguíneos, incluindo mudanças no fluxo de sangue” — explica um dos autores do estudo, o cardiologista Geoffrey H. Tofler.