Com o avanço da pandemia do novo coronavírus, temos cada vez mais conhecimento sobre os efeitos, os sintomas e as complicações do vírus no corpo humano. Recentemente, vem aumentando o número de relatos de uma condição inflamatória, difusa e multissistêmica em adultos expostos à infecção. Ela ficou conhecida como síndrome pós-Covid-19, e ainda é mal compreendida.
Essa síndrome costuma ser associada a distúrbios do sistema nervoso central, resultando em sintomas variados como fadiga, fraqueza muscular nas pernas e nas costas, dificuldades na respiração, dor crônica e déficits cognitivos, que podem persistir por semanas ou meses.
Um relatório publicado em fevereiro pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com base em dados preliminares, sugere que, em casos leves, o tempo médio de recuperação do Covid-19 é de aproximadamente duas semanas após o início dos sintomas e, em casos graves, de três a seis semanas. No entanto, alguns daqueles que pareciam ter apenas uma doença leve inicialmente acabam evoluindo para a síndrome pós-Covid-19.
A síndrome pós-Covid-19 pode ser incapacitante, prejudicando a realização de atividades cotidianas simples, com um cansaço e falta de energia desproporcionais, e comprometendo a rotina com a família, no trabalho e no lazer.
Os cuidados envolvem tratar e compensar as doenças existentes como diabetes e hipotireoidismo, prática de atividades físicas, psicoterapia (já que muitas vezes os pacientes apresentam depressão), além do uso de medicamentos.