Dia 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco. O tema deste ano – “Tabagismo: uma ameaça ao desenvolvimento” -, transcende aos assuntos sobre saúde e amplia o debate para os riscos sociais e econômicos decorrentes do fumo.
Há 30 anos, a OMS criou o Dia Mundial Sem Tabaco para mobilizar instituições de saúde do mundo todo contra os prejuízos do tabagismo e para defender políticas efetivas de redução do consumo de tabaco e seus derivados.
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia participa ativamente de ações de controle do tabagismo no país de forma recorrente. Neste dia especial, é importante ressaltar que, além dos prejuízos à saúde do fumante ativo e passivo, há impactos ambientais negativos causados pela produção, venda e consumo de tabaco e relação direta entre fumo e condição social desfavorável.
A produção de tabaco demanda grandes quantidades de pesticidas e fertilizantes, que podem contaminar as águas, e gera cerca de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos. Além disso, indústria utiliza 4,3 milhões de hectares de terra por ano, o que representa de 2 a 4% do desmatamento global.
Por meio de políticas efetivas de controle destas substâncias, o dinheiro que seria aplicado em tabaco poderia ser melhor investido em bens essenciais, como alimentos saudáveis, cuidados com saúde e educação, principalmente em países mais pobres. É fato que 80% das mortes prematuras por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como disfunções cardiovasculares, câncer e DPOC, ocorrem em nações de baixa e média renda.
O combate ao tabagismo está entre as 17 metas globais definidas pela ONU para garantir o desenvolvimento sustentável até 2030.
Fontes: World Health Organization, Inca.